quarta-feira, 5 de agosto de 2009


Sou como uma rosa negra,
Só, perdida e destroçada
Que é feita de espinhos e seda
De tristeza e de mágoa.

Não tenho jardim onde morar
Vivo à deriva do tempo
Sem alimento, estou a secar
Por fora e por dentro.

Cada pétala uma desilusão
Cada espinho um castigo
Árido é o meu coração
E sangra, ferido…

Quem me dera poder ser
Cascata numa floresta
Com água sempre a correr
Purificando o mundo que não presta.

Apenas as raízes me agarram
Não tenho vida nem cor
E os raios de sol amargam
Perdi tudo, não tenho amor.

Anseio uma tempestade
Que me arraste para os confins do Universo
Onde não impere o mal nem falsidade
e onde volte a florescer, suavemente, verso a verso.

Sílvia Gonçalves

3 comentários:

Saphira disse...

Sim, se há algo que aprendi nestes ultimos tempos, é que as coisas não são boas nem más. são o que são. Depois disso nós fazemos o que quisermos... Eu tento ser feliz... mas sim às vezes sofro destas lutas interiores.
Acho que já te tinha dito isto, mas os teus poemas para além de transbordarem emoções e sentimentos, são escritos de uma forma q realmente soa tão mas tão bem =)

Olha em relação àquele texto, parece que ninguém está a aderir ao desafio, o que é pena =/ Se calhar não tem divulgação suficiente.

Saphira disse...

Eu gosto de escrever às vezes... para exprimir alguma coisa... mas sinceramente gosto mais de ler as outras pessoas XD ou passar horas a resolver problemas matemáticos XD Sim, sem dúvida que há pessoas qe nascem com esse dom da escrita, e tu és visivelmente uma dessas pessoas =) Espero poder ler o teu blog durante muito e muito tempo XP

Pode ser que algum dia alguém se lembre de pegar no texto, quem sabe...

Saphira disse...

Ah e viste o meu braço famoso ? que LOOL percebeste qual era ? XD