Sou como uma rosa negra,
Só, perdida e destroçada
Que é feita de espinhos e seda
De tristeza e de mágoa.
Não tenho jardim onde morar
Vivo à deriva do tempo
Sem alimento, estou a secar
Por fora e por dentro.
Cada pétala uma desilusão
Cada espinho um castigo
Árido é o meu coração
E sangra, ferido…
Quem me dera poder ser
Cascata numa floresta
Com água sempre a correr
Purificando o mundo que não presta.
Apenas as raízes me agarram
Não tenho vida nem cor
E os raios de sol amargam
Perdi tudo, não tenho amor.
Anseio uma tempestade
Que me arraste para os confins do Universo
Onde não impere o mal nem falsidade
e onde volte a florescer, suavemente, verso a verso.
Sílvia Gonçalves
Só, perdida e destroçada
Que é feita de espinhos e seda
De tristeza e de mágoa.
Não tenho jardim onde morar
Vivo à deriva do tempo
Sem alimento, estou a secar
Por fora e por dentro.
Cada pétala uma desilusão
Cada espinho um castigo
Árido é o meu coração
E sangra, ferido…
Quem me dera poder ser
Cascata numa floresta
Com água sempre a correr
Purificando o mundo que não presta.
Apenas as raízes me agarram
Não tenho vida nem cor
E os raios de sol amargam
Perdi tudo, não tenho amor.
Anseio uma tempestade
Que me arraste para os confins do Universo
Onde não impere o mal nem falsidade
e onde volte a florescer, suavemente, verso a verso.
Sílvia Gonçalves