sábado, 10 de outubro de 2009

Rasgos na alma


Existem espaçamentos temporais
Que me corrompem a alma.
São intervalos irreais
Que me retiram paz e calma.


Vão rasgando o pensamento
E enganando a razão.
Duram um breve momento,
Nem chegam ao coração.

São amnésias,
Sem o ser.
Meras falésias
Que tenho de percorrer.

São instantes apurados,
Que rebolam sem parar
Como segredos amargos,
Que nunca sei escutar.

Sílvia Gonçalves