sábado, 28 de março de 2009

Indefinição




Tens algo no olhar
Que reflecte quem sou
E sinto, ao respirar,
Que o amor soou.
Descontrolas meu coração
Que perde os ritmos compassados
Como um navio sem direcção,
Que procura tesouros espalhados.
Desenho os sorrisos
Que me fazes esboçar,
Por entre cabelos lisos
E pele a suar.
Nunca te senti perto,
Mas tuas palavras bastam
Para me levares do deserto,
Onde as areias se afastam.
Foi um sonho viver,
Gritar teu nome na tempestade,
Com a água a escorrer,
Limpando o pó e a saudade.

Sílvia Gonçalves