domingo, 10 de outubro de 2010

Ervas daninhas


Apareceste-me na avenida
Sem pedir licença à razão.
Fui vagabunda, página lida.
Fui pegada no chão.

Entraste sem pedir.
Se pedisses, deixaria.
Quase sempre a sorrir
Preencheste-me o dia.

Foi tudo farsa, porém.
Fui pecadora e refém.
E as tua mãos nas minhas,
Não passaram de ervas daninhas.

Sílvia Gonçalves