Foi recentemente. Numa cerimónia religiosa.
O sacerdote que fez o sermão (e que belo sermão) disse algo que me fez reflectir. Foi mais ou menos assim: Jesus, palavra tão doce que só é possível pronunciar com um beijo.
Inicialmente, esta frase intrigou-me pelo que julguei que fosse uma espécie de metáfora usada para realçar a doçura, a divindade de Jesus. Só depois, alheia ao que se passava à minha volta, pronunciei a palavra “Jesus” para o meu intimo e notei que os meus lábios adquiriam a forma de um beijo. Como aliás os lábios de toda a gente que proferisse a mesma palavra.
Ali, naquele instante, percebi a frase do sacerdote. Frase inteligente, pensei.
Fui criada envolta na fé cristã e só aos 18 anos me dei conta que só conseguimos proferir a palavra “Jesus” com os lábios prontos a beijar. Como que prontos a beijar essa mesma palavra. Coincidência? Há coisas que dão que pensar. Se não fosse o estar ali, naquela igreja, naquele dia, estou certa de que nunca iria dar-me conta deste mistério desarmado.
Quantas vezes estamos tão perto e tão longe de coisas magníficas. Coisas simples que ganham forma e dimensão por isso.
Naquela hora senti-me rica. Mais rica até do que se tivesse lido 20 obras de um escritor romano qualquer.
Há coisas que nos aumentam a sabedoria. E há coisas que, para além disso, aumentam o nosso ser. Esta, nem sei bem porque razão (talvez pela simplicidade) foi uma delas.
O sacerdote que fez o sermão (e que belo sermão) disse algo que me fez reflectir. Foi mais ou menos assim: Jesus, palavra tão doce que só é possível pronunciar com um beijo.
Inicialmente, esta frase intrigou-me pelo que julguei que fosse uma espécie de metáfora usada para realçar a doçura, a divindade de Jesus. Só depois, alheia ao que se passava à minha volta, pronunciei a palavra “Jesus” para o meu intimo e notei que os meus lábios adquiriam a forma de um beijo. Como aliás os lábios de toda a gente que proferisse a mesma palavra.
Ali, naquele instante, percebi a frase do sacerdote. Frase inteligente, pensei.
Fui criada envolta na fé cristã e só aos 18 anos me dei conta que só conseguimos proferir a palavra “Jesus” com os lábios prontos a beijar. Como que prontos a beijar essa mesma palavra. Coincidência? Há coisas que dão que pensar. Se não fosse o estar ali, naquela igreja, naquele dia, estou certa de que nunca iria dar-me conta deste mistério desarmado.
Quantas vezes estamos tão perto e tão longe de coisas magníficas. Coisas simples que ganham forma e dimensão por isso.
Naquela hora senti-me rica. Mais rica até do que se tivesse lido 20 obras de um escritor romano qualquer.
Há coisas que nos aumentam a sabedoria. E há coisas que, para além disso, aumentam o nosso ser. Esta, nem sei bem porque razão (talvez pela simplicidade) foi uma delas.
Sílvia Gonçalves