Um dia, parei
No recanto do meu mundo,
Sem rumo nem lei,
Só com um vazio profundo.
Subi a escada do pensamento,
Passando pelo patamar da razão.
E cruzei-me com um velho avarento,
De seu nome Coração.
Surgiu, entre nós, uma conversa
Que rapidamente terminou,
Porque o velho estava com pressa
E quase nem me ligou.
Continuei o meu destino
Até alcançar a imaginação,
Que me tratou com carinho,
Melhor que o velho Coração.
No caminho de regresso
Tropecei num objecto.
E confesso,
Que me desviou o trajecto.
Mas, na vida, isso acontece até à morte,
Pensando que vamos para Este
Somos arrastados para Norte.
O destino é que nos tece.
Sílvia Gonçalves
No recanto do meu mundo,
Sem rumo nem lei,
Só com um vazio profundo.
Subi a escada do pensamento,
Passando pelo patamar da razão.
E cruzei-me com um velho avarento,
De seu nome Coração.
Surgiu, entre nós, uma conversa
Que rapidamente terminou,
Porque o velho estava com pressa
E quase nem me ligou.
Continuei o meu destino
Até alcançar a imaginação,
Que me tratou com carinho,
Melhor que o velho Coração.
No caminho de regresso
Tropecei num objecto.
E confesso,
Que me desviou o trajecto.
Mas, na vida, isso acontece até à morte,
Pensando que vamos para Este
Somos arrastados para Norte.
O destino é que nos tece.
Sílvia Gonçalves