sexta-feira, 2 de abril de 2010

Às vezes sim, às vezes não


Esta noite sonhei um passado que julgava apagado.
Foi tão doce e real.
Será que a fortaleza de um sentimento forte nunca se pode desvanecer?
Quando abri os olhos, desejei contornar a situação com um breve suspiro.
Será que para sempre haverá pedacinhos de ti em mim? Talvez a teia que me tenhas lançado ainda não se tenha descosido na plenitude.
Sei que em ti já não existo. Talvez se os nossos olhares se cruzassem não fosse bem assim. Mas…ainda bem que não cruzam. Não quero voltar a sentir o peso de te apagar.
E a sensação do teu abraço ainda persiste em mim. Talvez para sempre exista no meu ser fragmentos do ser que foste e já não és. Mas não quero saber. A sensação até é boa. Pena ser irreal.
Mas, para me consolar, sinto orgulho no que em mim ainda existe. É sinal que não foi em vão tudo o que, um dia, no mais sentido abraço, te prometi.


“E uma lágrima cai, a cada beijo teu. Esta noite sou, dona do céu. Eu não sei quem te perdeu.”

Sílvia Gonçalves