Existem espaçamentos temporais
Que me corrompem a alma.
São intervalos irreais
Que me retiram paz e calma.
Que me corrompem a alma.
São intervalos irreais
Que me retiram paz e calma.
Vão rasgando o pensamento
E enganando a razão.
Duram um breve momento,
Nem chegam ao coração.
São amnésias,
Sem o ser.
Meras falésias
Que tenho de percorrer.
São instantes apurados,
Que rebolam sem parar
Como segredos amargos,
Que nunca sei escutar.
Sílvia Gonçalves