Quando começo a voar
Olho o mundo sem querer,
Com um triste baloiçar
Que faz a paisagem tremer.
Há um espírito que arde
Onde as montanhas secam.
Não é à lua que cabe
Diluir as almas que pecam.
Quando estou no céu
La bem alto, a voar
Procuro o coração que é teu
E que te quero tirar.
Quando os meus pés levantam,
Devagarinho do chão,
Não existe maior pranto
Que sobrevoar a ilusão.
Ao olhar para a Terra
Vejo uma esfera pequena
Que anda sempre em guerra
E quase não cabe neste poema.
Sílvia Gonçalves
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