sexta-feira, 7 de maio de 2010

Naquela ponte



Naquela ponte,
Onde a lua se via
Fiz das artérias a fonte
Onde o teu corpo bebia.

Naquela ponte,
Onde andorinhas levavam barro
Até ao cimo do monte,
Acendeste mais um cigarro.

Naquela ponte metalizada,
Vendo barcos a passar
Ancorei-me como tua fada
E atirei-me até ao mar.

Sílvia Gonçalves

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