Turbilhões de febres esquisitas
Rondam os ares da montanha,
Nos espaços em que coabitas
E escondes a tua rude façanha.
Não és feita de seda
Nem áspera como a arriba.
Transpareces entre a labareda
A tua nua cinta descaída.
O estrelar do céu
Fica coberto de pólen.
Tudo não passa de um véu
Lançado por um bravo homem.
Há defeitos. Há feitios.
Não nos podemos mudar.
Repelem-te com assobios
Mas terás o teu altar.
Sílvia Gonçalves
1 comentário:
Tenho um desafio para ti :)
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