Viemos ao mundo
Sem uma lição estudada,
Com um desconhecimento profundo
E um caderno de nada.
Possuíamos existência, apenas.
Não tínhamos manual de instruções,
O que nos causava dilemas,
Sem aparentes soluções.
Gradualmente, fomos concebendo
Um saber algo abrangente.
O passado íamos retendo
Em função do presente.
Cada experiência,
Uma página caligrafada.
E, através da convivência,
Íamos enchendo o caderno do nada.
Num comportamento terno
E sem exagerado aparato,
Descobrimos que este caderno
Era o nosso auto - retrato.
Era um caderno normal
Cuja capa não era forte.
E quando chegou ao final
Metaforizou a morte.
Sílvia Gonçalves
Sem uma lição estudada,
Com um desconhecimento profundo
E um caderno de nada.
Possuíamos existência, apenas.
Não tínhamos manual de instruções,
O que nos causava dilemas,
Sem aparentes soluções.
Gradualmente, fomos concebendo
Um saber algo abrangente.
O passado íamos retendo
Em função do presente.
Cada experiência,
Uma página caligrafada.
E, através da convivência,
Íamos enchendo o caderno do nada.
Num comportamento terno
E sem exagerado aparato,
Descobrimos que este caderno
Era o nosso auto - retrato.
Era um caderno normal
Cuja capa não era forte.
E quando chegou ao final
Metaforizou a morte.
Sílvia Gonçalves
1 comentário:
Simplesmente do melhor que já escreveste. Assim melancólico, badalado, sentido, forte. Gostei do final: seco como a própria morte.
:D
Beijinho
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