Já nem o céu azul consigo ver. Na minha mente, ele adquire os tons do teu olhar. Sei que apenas eu o vejo assim. Porque o céu é azul.
Existem várias aves a sobrevoá-lo, atravessando, assim, o teu olhar. Certamente nem as vês. Mesmo elas te invadindo os olhos. Porque o teu olhar está reflectido no céu apenas para mim.
Mal nascem os primeiros raios de sol, lá está ele. Que olhar tentador, místico, persistente. Dói olhá-lo por causa da intensidade da luz. Então, aguardo pacificamente a chegada da lua. Altura em que já não magoa olhar teus olhos. Eles brilham na escuridão.
Como os distingo de entre as estrelas? É simples. As estrelas são pequenas e os teus olhos ocupam todo o céu. Ocupam todo o céu que eu consigo alcançar. Porque, apesar do teu olhar estar por toda a parte, o meu é pequeno de mais para o abranger a todos os instantes.
Há dias em que o procuro e não encontro. Mas sei que está lá. Vejo as aves a contornarem-te o rosto.
É só por isto que as aves alteram as suas trajectórias. Para evitarem bater contra os olhares que no céu andam perdidos, à deriva.
Por isso, quando olharem o céu e vislumbrarem aves a voar em linha recta é porque vocês não estão a olhar com atenção e não vêem olhares perdidos.
Há dias em que o nevoeiro nos cega. Mas logo virá a luz do sol. E a seguir a da lua, que já não magoa.
Existem várias aves a sobrevoá-lo, atravessando, assim, o teu olhar. Certamente nem as vês. Mesmo elas te invadindo os olhos. Porque o teu olhar está reflectido no céu apenas para mim.
Mal nascem os primeiros raios de sol, lá está ele. Que olhar tentador, místico, persistente. Dói olhá-lo por causa da intensidade da luz. Então, aguardo pacificamente a chegada da lua. Altura em que já não magoa olhar teus olhos. Eles brilham na escuridão.
Como os distingo de entre as estrelas? É simples. As estrelas são pequenas e os teus olhos ocupam todo o céu. Ocupam todo o céu que eu consigo alcançar. Porque, apesar do teu olhar estar por toda a parte, o meu é pequeno de mais para o abranger a todos os instantes.
Há dias em que o procuro e não encontro. Mas sei que está lá. Vejo as aves a contornarem-te o rosto.
É só por isto que as aves alteram as suas trajectórias. Para evitarem bater contra os olhares que no céu andam perdidos, à deriva.
Por isso, quando olharem o céu e vislumbrarem aves a voar em linha recta é porque vocês não estão a olhar com atenção e não vêem olhares perdidos.
Há dias em que o nevoeiro nos cega. Mas logo virá a luz do sol. E a seguir a da lua, que já não magoa.
Sílvia Gonçalves
4 comentários:
Ter um olhar reflectido no céu só para ti é um tesouro, Silvy.
obrigada , a serio! =) *
Fantático!
Acho que tenho que começar a olhar com mais atenção!
Eu apaixono-me pelas tuas palvras, fazem-me tanto lembrar este presente que me atormenta....!As tuas palavras deixam-me sempre a pensar..
Um beijo enorme!
obrigada pelo comentário e pela força :) espero bem conseguir, eu bem quero! está lindo este post, continua :)vou passando aqui! beijinho
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