quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Do que és feita



Desprovida de preconceitos,

Avanças a alameda

E escorregas nesses jeitos

De enredos de seda.

Repetidas vezes chamas

Por quem não te quer escutar,

Reavivando as chamas

Que se procuram apagar.

Teclas de piano a tocar,

Quase estão a morrer.

Ouves o som a flutuar

No espaço do teu viver.

Tens faces de cor

Que largam lágrimas de cristal.

És feita de amor

De sonhos tristes e de mal.

Sílvia Gonçalves

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