sexta-feira, 7 de maio de 2010

Só às vezes...



Só às vezes vale a pena.
Só às vezes ouço a tua voz.
Só às vezes importa referir.
Mudar o palco de cena.
Santos e heróis estão entre nós.
Só às vezes importa sorrir.


Só às vezes a música pára.
Só às vezes decoro o refrão.
Só às vezes sei como agir.
Olhar-te cara a cara,
Pegar-te na mão.
Só às vezes posso permitir.

Só às vezes o que resta volta.
Só às vezes me sei recompor.
Só às vezes procuro fugir.
Nem tudo me faz falta.
Escorro lágrimas e suor.
Só às vezes me apetece partir.

Sílvia Gonçalves

1 comentário:

Nuno Novo Cardoso de Menezes de Freitas disse...

Às vezes a vida dói, mas eu deixo-me ficar a ser consumido pelos gritos do silêncio. Às vezes acordar assusta e eu suplico pelo sono, por não ter coragem para enfrentar os passos que tenho de dar até à luz. Às vezes choro. Às vezes rio. Às vezes, ai, às vezes não tenho nada para dizer e solto tudo que sai, à procura do que se passa cá dentro.
Nessas vezes, a caneta tem sido a melhor tradutora dos suspiros da alma. E é tão bom ter-te como companheira nesse processo!

Peace&Love
Nuno Novo Cardoso de Menezes de Freitas
(Cocas, (virgula) o Verdocas)