segunda-feira, 2 de agosto de 2010



Se para ti sou selvagem
E espinhos me cravam o coração,
Estás a viver uma miragem
Que não é futuro, é recordação.

Se o tempo para ti não avança
E preferes colar-te ao chão,
Forma um novo modo de esperança
Que te preencha o coração.

Esperas mesmo conhecer
A alma de tudo o que ficou.
O difícil é viver
Com o grito que ainda não soou.

Percorro em bicos de pés o mundo.
Eu sei onde quero ir.
Sei navegar no azul profundo
E sei como fazer-te sorrir.

Sílvia Gonçalves

1 comentário:

MariaPapoyla disse...

Já há muito tempo que não vinha aqui... Continuas com essa inspiração!! Lindo este poema =)