sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Noite atribulada



Os vidros ficaram partidos
Naquele chão desfeito.
Embriagaste os sentidos
Adormecendo no leito.

Quando a manha tímida surgiu
Acordaste para o mundo,
Apenas o odor sumiu
Nas ruas onde sucumbo.

Paira um frenesim agreste
Que esvoaça no ar.
Nem o meu nome soubeste
Naquela noite, ao luar.

Foi um adeus perpétuo e misterioso
Que nem rosas deixou.
A recordação do momento majestoso
Foi tudo o que restou.

Sílvia Gonçalves


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