sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tamanhos do coração



Rebolando sobre malmequeres
Tento congelar o tempo,
Esquecer-me do que queres,
Soltar a alma ao vento.

Escutando a água do ribeiro
Tento parar a Terra (em vão)
Que gira o dia inteiro
Num movimento de translação.

Só quando os pássaros calam
E o relvado fica sereno
Os pensamentos me abalam
E o coração fica pequeno.

Prefiro flores a betão
E frutos verdes a maduros.
Quando volta a crescer o coração
Aí sim, estou em apuros.

Sílvia Gonçalves

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