sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

A minha água salgada

Sou um mar de ideias

E todas elas são imaginação,

Que quando se cruzam com sereias

Explodem sabor e paixão.

Vivo a pensar

E assim passa o meu tempo,

Que é feito de mar

Onde se esconde o sonho do momento.

Ostras são as minhas percepções

Que velam pérolas preciosas,

Formulam composições

E músicas melodiosas.

Sou feita de algas flutuantes

Que não chegam ao profundo,

Preferem ares mais sibilantes,

Preferem admirar o mundo.

Tenho ainda detritos de marés

Que não chegaram a rebentar,

Evitando molhar os pés

De quem corria à beira mar.

Sílvia Gonçalves