Só o ondear das ondas
Pode justificar
O ir e vir
Sem nunca ficar.
Restam a areia, as algas, os rochedos
Que se associam ao sal
E afogando todos os medos
Fazem sentir-me um coral.
A água tocava-te o rosto
Quando me tentavas alcançar
E sem um barco posto
Começavas a remar.
Foram coisas que ficaram.
Eu sei lá se elas irão.
São sapatos que se descalçaram
E nunca mais pisaram o chão.
Sílvia Gonçalves
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Tempo
Tempo vagabundo,
Que deambulas no escuro
Por favor, pára o mundo
E liberta o meu coração duro.
Recorre às mais frias cascatas.
Mas trava os minutos
Em que me resgatas
Desses braços tão brutos.
Teimas em ser inexorável.
Bem podias abrir uma excepção
Para que fosse memorável
O instante da minha libertação.
Sílvia Gonçalves
Que deambulas no escuro
Por favor, pára o mundo
E liberta o meu coração duro.
Recorre às mais frias cascatas.
Mas trava os minutos
Em que me resgatas
Desses braços tão brutos.
Teimas em ser inexorável.
Bem podias abrir uma excepção
Para que fosse memorável
O instante da minha libertação.
Sílvia Gonçalves
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Um sonho
Uma sensação mais que perfeita,
Sublime e quente.
Não foi inusitada. Não foi eleita.
Foi expiração de quem sente.
Houve tentativas de controlo,
De renegar a magia.
Mas com o avanço do rolo
Cada imagem progredia.
O flash disparou.
A respiração foi breve e espaçada.
Até a lua reparou
Nesta nossa emboscada.
O duro foi acordar,
Ver que a imagem se apagou
Em virtude de estar a sonhar.
E “tudo o vento levou”.
Sublime e quente.
Não foi inusitada. Não foi eleita.
Foi expiração de quem sente.
Houve tentativas de controlo,
De renegar a magia.
Mas com o avanço do rolo
Cada imagem progredia.
O flash disparou.
A respiração foi breve e espaçada.
Até a lua reparou
Nesta nossa emboscada.
O duro foi acordar,
Ver que a imagem se apagou
Em virtude de estar a sonhar.
E “tudo o vento levou”.
Sílvia Gonçalves
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