sábado, 1 de agosto de 2009

Alta tensão


Barulho ensurdecedor,
Faíscas que caem.
Paredes de horror,
Fantasmas que saem.
Vidros partidos,
Véus rasgados.
Sonhos feridos,
Momentos apagados.
Alta tensão,
Que aumenta
O bater do coração.
Arde o sabor a menta.
Prendem-me o corpo
Com cadeados de aço.
Corpo vivo, corpo morto.
Corpo sem braços.
Momentos cristalizados
Com o sémen da vida.
Olhos abertos, olhos fechados.
Estanca-me a ferida.
Rumo desajeitado,
Este que me cerca
Para todo o lado,
Onde a essência peca.

Sílvia Gonçalves

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